domingo, 7 de agosto de 2011

○●○ É como olhar para trás ○●○


Nem tem margem, nem fundo, só água antiga a sugar cada gota. Abrir os braços e respirar fundo, como se o mundo fosse nosso. Abrir os olhos e sentir o vento como os pássaros. Só falta ter as asas para poder voar e ir até ao infinito e nunca mais voltar. É como chorar, cair e levantar de novo, a vida dá tantas voltas, ontem estou tão feliz que me apetece chorar de felicidade, hoje estou triste que me apetece bater numa parede. É um gosto divinal ter essas mudanças de dia-a-dia, é como olhar para trás e não saber o que se esconde lá no fundo, e mexer as pernas para a frente mas com os olhos revirados para trás. Fugir de algo que nos persegue até nós cairmos e ficarmos cansados de tanto lutar para esquecer o que queremos. Raiva é o que mais há, isso não me falta, tanta coisa que eu gostava de destruir e nunca mais vê-la, mas infelizmente é impossível isso acontecer. Depois temos de tentar de novo até gastar mais energia e batermos outra vez com os joelhos no chão e não nos conseguirmos levantar para mais uma vez combater. Há dias que nos sentimos irritantes e chatos mas não conseguimos evitar, por estarmos sempre a bater com a cabeça no mesmo sitio e sermos tão resistentes perante os nossos erros e queremos-los corrigir, mas o que está feito já não se pode apagar e por os pés nessa oportunidade. Até que a perdemos de novo e ficamos sem nenhuma, tantas vezes que isso me acontece. Tirar a roupa e deita-la num canto e cairmos duma montanha até batermos naquilo que batemos sempre, no fundo, na terra, no chão, na água, e ficamos sufocados de tanta raiva e desespero. Perdemos tempo, segundos, horas & anos que podiam ser bem passados, mas não nos conseguimos conter e somos desfeitos e calcados com culpas que não são nossas, apesar de tudo temos de ser fortes contra tudo, a vida nunca perdoa.

2 comentários: